quinta-feira, 19 de junho de 2014

JUST ME: SAUDADE

 Quando a saudade nos joga no passado, abrindo feridas antigas e nos prende a respiração, riscando um traçado tão forte que é impossível deixar de sentir, esquecer o gosto amargo do que foi e já não é, e este nos engole sem resistência.
Quando a saudade nos assalta o pensamento e cava um buraco no peito, lá no mais fundo de nós, ficando um vazio sem medida, um nó na garganta  que nos amarra a voz e nos rouba a vontade de voltar a sonhar.
Quando a saudade é tão grande que não cabe mais no peito, preenchendo todo o espaço do corpo e se esvai em lágrimas silenciosas, que dilaceram o coração não sobrando espaço para mais nenhuma forma de sentir.
Quando a saudade deseja o que não é possível ter, quando se transforma em declínio dos dias que passam sem que possamos agarra-los mais, deixando vagarosamente passar o futuro, sem travão, sem freio, sem condução certa, como um barco, de velas rasgadas, à deriva no mar que se perdeu no meio da tempestade
Quando a saudade bate e não conseguimos nos livrar dela…


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Sinto saudades...

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